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Parentalidade Positiva – Por onde começar?

by Brazil Expat
Parentalidade positiva

Estudando a parentalidade positiva percebemos o quanto sabemos pouco sobre nós mesmos, e menos ainda sobre o que se passa no cérebro dos nossos filhos. Se fosse definir parentalidade positiva, diria que é uma nova forma de olhar para a criança: com respeito, amor e empatia. Entender que a criança está em desenvolvimento, que tem seus momentos de instabilidade emocional e que nossa função como pais é ajudar a entender esses momentos e respeitá-los.

Quando temos filhos desejamos que o mundo deles seja perfeito. Temos toda a teoria, todo o aprendizado, mas quando tentamos colocar em prática, parece que nunca funciona. Quer um exemplo? Imagina uma manhã de caos: seu filho não quer acordar, não quer trocar de roupa, chora para tomar o café da manhã e se recusa a sentar na cadeirinha do carro. Nesses dias, parece que não há conhecimento suficiente para enfrentar a situação com paciência e calma.

Acredito que todos nós queremos achar o equilíbrio e a tranquilidade para sermos os pais que sonhamos. Quando nascem os filhos, sentimos um enorme amor por eles, mas o dia a dia às vezes nos atropela, e é muito mais complexo do que imaginamos. Muitas vezes nós queremos crianças perfeitas, lindas, educadas, estudiosas e disciplinadas, quando nós mesmos não somos.

Conforme você estuda, percebe que raramente o problema está na criança. Na maioria das vezes, está na nossa reação como pais, no dia a dia em que temos muitas outras preocupações na cabeça, independente da criança. E são nesses momentos que temos uma enorme dificuldade em encontrar um equilíbrio.

Mas como conseguimos achar a tranquilidade nessas horas de irritação e cansaço, principalmente durante essa pandemia louca que estamos vivendo? Precisamos entender que as crianças são nossos espelhos e que, muitas vezes, a nossa reação e os nossos exemplos é que fazem a diferença no comportamento delas no dia a dia. Se respeitarmos nossos filhos também seremos respeitados. Parece simples, mas não é fácil.

Gosto muito de uma frase que aprendi na escola britânica que diz que todo professor tem que ser ‘kind and firm’ (doce e firme), e eu acredito que essa frase também pode ser aplicada aos pais. Você pode ser doce, mas precisa ser coerente e firme porque será testado a todo minuto.

A teoria da parentalidade positiva deixa muito claro que a educação não é punição. E para os pais da nossa geração, é muito difícil romper esse padrão, já que na nossa época a educação era exemplo de autoridade parental e sinal de controle e poder.

Acredito que, por termos essa vivência, temos uma nova geração de pais completamente opostas. Muitas vezes o pensamento é: ‘eu vou fazer diferente do que eu passei, então o meu filho não será punido, e vou tolerar que a criança seja o rei ou a rainha da casa’. Estamos criando, com a melhor das intenções, uma nova geração de crianças que não podem se frustrar, que não conseguem desenvolver resiliência, e que correm o risco de se tornarem adultos fracos e despreparados para lidar com a ‘vida real’.

“Educação não é punição”

Mas se não punir, como iremos educar?

Criando regras e combinados onde existam consequências claras e avisadas anteriormente. Com equilíbrio, habilidade de conversar e entender as emoções de seu filho, e respeitá-lo como um ser humano. Dessa forma ele irá entender que está em um relacionamento de parceria, onde a opinião dele também é válida e ouvida, mesmo que às vezes não seja atendida. Um relacionamento amoroso e saudável onde a criança tenha a possibilidade de questionar e pensar, se tornando, no futuro, um adulto feliz e equilibrado.

Se você tiver dúvidas sobre parentalidade positiva por favor entre em contato: isabellagmartins03@gmail.com

Isabella Martins é Professora de educação infantil em escola Britânica.

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