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Entendendo o Currículo Britânico

by Brazil Expat
entenda o currículo britânico
 Quer conhecer mais sobre o currículo britânico? Por Isabella Martins Professora de educação infantil em escola britânica

Vou explicar qual o currículo utilizado nas principais escolas internacionais britânicas e quais foram os principais critérios que me ajudaram a decidir as escolas que meus filhos estudaram até hoje.

As escolas internacionais britânicas utilizam o British Curriculum, criado na Inglaterra em 1988, e é um dos sistemas mais conhecidos e conceituados do mundo atualmente.

Essa é uma educação baseada nas principais habilidades dos estudantes como o centro do aprendizado, e promove um profundo conhecimento de cada matéria escolhida.

Nele, os estudantes são preparados para as famosas provas do IGCSE (International General Certificate of Secondary Education) e IB Diploma.

São estágios de educação, mais conhecidos como Key Stages

Primary Education: Ensino primário

  • Early Years and Foundation Stage (Educação Infantil) – 3 a 5 anos. Inclui Nursery e Reception, que seria a pré-escola brasileira.
  • Key stage 1 – 5 a 7 anos. Year 1 e 2, estes anos são considerados com o primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental I.
  • Key Stage 2 – 7 a 11 anos. Year 3, 4, 5 e 6, que vai do terceiro ao sexto ano do Ensino Fundamental.

CURRÍCULO BRITÂNICO (EYFS)

O currículo conhecido como Early Years and Foundation Stage (EYFS) compreende áreas de ensino focadas no desenvolvimento pessoal, social e emocional, comunicação e linguagem, e desenvolvimento físico.

ALFABETIZAÇÃO NO CURRÍCULO BRITÂNICO (RECEPTION)

A alfabetização se inicia na Reception, e é nesse período que as crianças aprendem números e letras, e normalmente terminam o ano sabendo ler e escrever.

Nem todas sairão completamente alfabetizadas, e terão o ano seguinte para consolidar o que aprenderam. Em muitas das escolas é utilizado o programa Phonics que suporta e facilita o aprendizado da leitura através do reconhecimento de sons e letras.

Os currículos do Year 1 e 2 são baseados no National Currículo for England e permite que os alunos se tornem estudantes de sucesso, trabalhando a autoconfiança e a responsabilidade como cidadãos do mundo.

Ele foca em inglês e matemática, e respeita a individualidade e o tempo de desenvolvimento de cada criança, além de ressaltar suas habilidades de pensamento crítico.

MÉTODOS EDUCACIONAIS

Muitas escolas internacionais seguem o currículo britânico adaptado, e incluem os métodos Montessori ou Reggio Emilia como parte do aprendizado na área do Ensino Infantil.

Os dois métodos focam na autonomia e liberdade individual, e respeitam os limites dos alunos com salas de aula diferenciadas e organizadas em setores por grau de dificuldade. São métodos que valorizam a cultura dos alunos, a parceria com a família e o ensino, muitas vezes é feito através de projetos.

Como exemplo, em Singapura temos semanas em que a matemática e o inglês são ensinados através do Ano Novo Chinês, do Deepavali e do Natal.

A criança aprende as matérias inseridas em seu ambiente cultural e diverso. Outro diferencial é que nas escolas internacionais, muitas vezes, também existe o ensino da língua local do país. Em Singapura, a maioria das escolas também ensinam Mandarim. Na Arábia Saudita, Árabe é uma língua obrigatória em todas as escolas do país.

Secondary School: Escola secundária que engloba o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio

  • Key stage 3 – 11 a 14 anos. Year 7, 8 e 9. Comparando com o Brasil pode ser equivalente ao Ensino Fundamental II, do sexto ao nono ano.
  • Key stage 4 – 14 a 16 anos. Year 10 e 11 equivalente ao Ensino Médio brasileiro.
  • A level ou IB Diploma Year 12 e 13 é o equivalente aos últimos anos do Ensino Médio brasileiro.

Escolhi a escola internacional britânica para meus filhos, pois entendo ser um sistema reconhecido mundialmente. Considerei que possuem etapas claras e bem definidas onde consigo acompanhar o progresso deles em qualquer país do mundo.

Além disso, percebi que ela tem foco não apenas no ensino do currículo acadêmico, como também no progresso emocional, físico e social dos alunos.

Vou dividir alguns critérios que utilizei para escolher as escolas nos países que morei:

  1. Verifiquei o ranking dos resultados dos exames;
  2. O valor anual;
  3. A proximidade de casa e facilidade de transporte;
  4. Pesquisei com mães que tinham alunos nas escolas que escolhi para visitar, e solicitei informações sobre as atividades extracurriculares e a infraestrutura do campus.

Com essas informações em mãos (que muitas vezes conseguimos através dos sites), fiz uma planilha com os prós e contras de cada escola antes de decidir e me cadastrar para o processo de admissão, mas esse processo já rende outra matéria.

Na verdade, hoje entendo que não existe uma escola perfeita, e com três filhos, tenho a nítida impressão de que cada um poderia estar em uma escola diferente, de acordo com suas habilidades específicas.

“O mais importante é encontrar um espaço que receba a criança com atenção e respeito, e que permita que seu filho se sinta feliz e acolhido em um novo país.”

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